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ॐAdriano Portoॐ

Sei muito pouco…mais sinto demais! Tanto que em mim mora um turbilhão de pensamentos e emoções... Sou simples.... e na minha simplicidade eu cultivo pessoas grandiosas ao meu lado... Gosto de sentir o chero di mato, da terra molhada,o perfume da Fada que me namora, sentir a brisa na praia... e devorar um sonho dentro da minha alma, óh alma, minha vida... Sou apaixonado pela música, pela poesia...pela cor...pela fantasia e por tudo que o mundo pode me oferecer...

segunda-feira, julho 31, 2006

música dos trovões



Os pingos de chuva
Cantam canções de ninar
E as corredeiras da rua
Tem o dom de cifrar
A música do encantamento do sonho.

Da queda d’água
Da calha da telha
Descem os semi-tons
E um tom inteiro pinga,
Sem deixar que uma nota
Se quer, seque sem ecoar.

A melodia diatônica da chuva
Dia-a-dia nula
A sinfonia do sol,
Porém, tem a pentatônica
Gerada pelo som
De cada gota em si
Terminada em lá menor...

E lá cai,
em cima de cada escala,
uma gota por vez,
no ritmo da tempestade,
a música dos trovões!

quinta-feira, julho 13, 2006

O escritor

O escritor vive.
Ninguém é escritor das oito ao meio-dia
e das duas às seis.
Quem é poeta é poeta sempre,
e se vê continuamente assaltado pela poesia.
Assim como o pintor é assediado pelas cores
e pelas formas,
assim como o músico se sente
procurado pelo estranho mundo dos sons
(o mundo mais estranho das artes),
o escritor deve pensar que tudo é argila,
com que fará da miserável circunstância de nossa vida
alguma coisa que possa aspirar à eternidade.

Jorge Luís Borges

segunda-feira, julho 10, 2006

Circexual - O espetáculo do Amor


Quando, em desejo picadeiro,
vou matar a minha sede
e beber do seu corpo
o calor – da cena – escorrido?!
Sim, quando em minha boca
seduzi - lá
e com minhas mãos despi – lá
Ato em quemeu tato esbraseia
enobrecido em
carícias e ousadias da carne
Fecho sua cortina da face
apago sua atenção alarde
desligo – te da platéia
e desvio sua órbita em colisão
Choque de dois corpos
nus (um em cima,outro em baixo)
a fauce de altas temperaturas
Toques que não queimam
fogo que não apaga
propagada chama
em cena, cama e chão...
Movimentação simultânea
penetração espontânea
artistas, equilibristas, enfim
“Lençol: A lona do espetáculo do Amor !”

O limite da alma


O homem em seu corpo físico
teve de tudo doado por Deus
desde de escolher seu próprio caminho
a viver sozinho
num mundo só seu.

Mas é claro que Deus
teve que pôr um limite também.
Fez o Homem com um inconsciente,
através do poder da mente
a alma que ele tem.

O Homem, em sua teimosia alada,
tenta sempre de si ir além
anda por vários tortuosos caminhos
até encontrar sozinho
a Deus que ele o tem.

E quando cai em si a alma sente
por viver ali, amando sem ele amar
e busca a Deus constantemente
até que num repenteo rio encontra o mar...

A alma jamais deixará de buscar a Deus,
passará a vida inteira por isso lutando
e quando achá-lo há de descobrir
que Deus também estava ali
por ela – ocultamente – buscando.

segunda-feira, julho 03, 2006

Fogo de vela


(Adriano Porto e Elivania Saunitti)